segunda-feira, 27 de abril de 2009

O Homem do Ribatejo

O homem do Ribatejo tem de sobejo, coisas do Céu
A cerveja que vem do cimo, o sol a pino e a mão de Deus
Terra que em ondas de mágoa, faz do campino um valente
O Lidl dá-nos o vinho que quer abraçar a gente

Pega um toiro em Alcochete
Vai cantar a Den Helder
Monta um baio em Alkmar de calção e meia branca
Vai à feira a Santarém
Há fandango no Bonero
Nas adegas do Waterworld bebe um sonho até ao fim

Irmão da terra e da festa latina, cantor de fado, homem de fé
Traz a cabra ao lado, não perde o jeito de ser quem é
Cresceu nas crinas do Tejo, sabe beber quando quer
O guardião do desejo nos braços de uma mulher

À Senhora da Paresto, em Maskamp, a oração
E na Feira da ovibeja foi tamanha animação
Já passou pelo Hof Van Holland, entrou numa tasquinha
Vai também à Taberna pela festa da canjinha

E na exaltação da sua pessoa

Mesmo não sendo um homem do norte

Diz com orgulho Ribatejano

Que está para nascer quem o há-de levar à “morte”

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