O homem do Ribatejo tem de sobejo, coisas do Céu
A cerveja que vem do cimo, o sol a pino e a mão de Deus
Terra que em ondas de mágoa, faz do campino um valente
O Lidl dá-nos o vinho que quer abraçar a gente
Pega um toiro em Alcochete
Vai cantar a Den Helder
Monta um baio em Alkmar de calção e meia branca
Vai à feira a Santarém
Há fandango no Bonero
Nas adegas do Waterworld bebe um sonho até ao fim
Irmão da terra e da festa latina, cantor de fado, homem de fé
Traz a cabra ao lado, não perde o jeito de ser quem é
Cresceu nas crinas do Tejo, sabe beber quando quer
O guardião do desejo nos braços de uma mulher
À Senhora da Paresto, em Maskamp, a oração
E na Feira da ovibeja foi tamanha animação
Já passou pelo Hof Van Holland, entrou numa tasquinha
Vai também à Taberna pela festa da canjinha
E na exaltação da sua pessoa
Mesmo não sendo um homem do norte
Diz com orgulho Ribatejano
Que está para nascer quem o há-de levar à “morte”